O SACERDÓCIO UNIVERSAL DOS CRENTES: Gálatas 1:15-17 e Gênesis 4.1-7
Em cada Cristão há um grande potencial que deve ser explorado por ele mesmo para a obra de “Deus”.
Deus viu em Abel e Caim homens que poderiam fazer na Terra o trabalho que Ele queria que fosse feito mas que os próprios pais deles (Adão e Eva) falharam.
Abel levou a Deus o melhor de si, mas Caim relutou com seus pensamentos humanos se valeria a pena dar o melhor para Deus. Vamos ler novamente a passagem de Gênesis 4:1-7 e depois analisemos os dois personagens em questão.
Deus fez de Abel um Pastor de ovelhas, Deus o conhecia desde o ventre de sua mãe, o chamou pelo nome (Abel= filho da obediência) e o amou. Deus cuidou dele desde a infância e ainda na sua juventude o chamou para um importante negócio, ele iria cuidar das ovelhas do “Pai”. Talvez ele se sentisse incapaz, pois que conhecimento tinha deste negócio? Foi então que Deus o capacitou. O versículo 4 revela que Abel ofertou a Deus das primícias e que isto agradou a Deus. Mas por que Deus se agradou da oferta de Abel? Sua resposta talvez seja porque ele ofertou do melhor de suas ovelhas.
Mas para a oferta agradar a Deus significava que o animal ofertado era bom, e para o animal ser bom Abel tinha cuidado muito bem de suas ovelhas, ele realmente desenvolveu o talento que Deus lhe dera, se preocupava não somente em ofertar o melhor para Deus, mas em fazer o melhor para suas ovelhas, para que elas estivessem sempre saudáveis, bonitas, felizes, com boa aparência e de boa qualidade, quando fosse oferecida para Deus. Isto nos faz pensar que Abel era zeloso, cuidadoso e esforçado naquilo que Deus o colocara para fazer, ele pensava em Deus, sem se esquecer de cuidar bem de suas ovelhas. Ele cuidava bem delas sem tirar de mente que elas pertenciam realmente a Deus, Abel tinha uma grande responsabilidade perante Deus, cuidava daquilo que não lhe pertencia e sim a Deus.
Mas apesar do zelo e do amor em servir a Deus, Abel foi invejado, enganado e morto pelo seu próprio irmão, alguém que estava bem próximo dele (v.8) e que provavelmente ele confiava. Mas apesar disto tudo, valeu a pena pois até hoje Abel é conhecido como um “Homem de Deus”, ele agiu diferente de Caim, não olhou para os lados, não desanimou, não desistiu, se manteve fiel e honesto.
Os versículos 3 e 4 revelam a diferença entre as ofertas de Caim e Abel. Caim levou a Deus do fruto da Terra e Abel por sua vez levou a Deus das primícias do seu rebanho. O versículo 5 mostra que Deus não se agradou de Caim e sua oferta.
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O fato de Deus não ter se agradado de Caim e de sua oferta não significa que ele não havia sido chamado por Deus ou que Deus não o conhecia desde o ventre de sua mãe e nem que ele não foi chamado pelo seu nome (Caim = Aquisição). Tudo isto aconteceu, pois também havia um Sacerdócio Santo de Deus para ele, uma missão que deveria executar aqui na terra em nome de Deus; “Lavrar a Terra”.
Então, o que aconteceu para Deus não se agradar dele e de sua oferta? Deus conhece o coração e sabe o quanto o homem se apega a coisas materiais, o que provavelmente aconteceu foi que Caim se apegou tanto naquilo que fazia que na hora de escolher do melhor fruto para devolver a Deus ele negou faze-lo, não significava que ele havia feito um mal trabalho, mas sim que ele se absteve de entregar a Deus das primícias de seu trabalho. Se apegou tanto ao que ele havia plantado e colhido que se esqueceu que tudo aquilo pertencia a Deus e ele era apenas um serviçal.
Quando Caim percebeu que Deus havia aprovado a oferta de Abel e rejeitado a sua, ele se irou de tal modo a ponto de em seu coração maquinar o mal contra seu próprio irmão, seu semblante caiu (v.5b,6), e a partir daquele momento ele permitiu que Satanás agisse em seu sacerdócio mais uma vez, agora para intentar contra a vida de seu irmão. Sua ira foi tão grande que ele se esqueceu que Deus é misericordioso e sempre nos dá novas oportunidades (v.7 a). Tem início uma grande luta espiritual onde Satanás tenta mostrar a Caim que o motivo de seu fracasso não era suas próprias atitudes, e sim uma parcialidade que Deus tinha para com Abel. Caim começou a imaginar que Abel era o “queridinho” de Deus, o “protegido” do Criador e com isto sua disputa era imparcial. Mas que disputa? Não havia disputa alguma! Deus colocou na mão de um e de outro sacerdócios igualmente importantes, tarefas que precisavam ser executadas de todo o coração, igualmente. Mas Caim se apegou tanto a ela que pensou ser ele o dono da terra que arava, o dono do fruto que resultou de seu trabalho e não reconheceu o Senhorio de Deus quando negou-lhe ofertar de suas primícias.
O versículo 7 nos alerta que quando o homem procede mal o pecado está batendo à sua porta, e o procederes mal de Caim determinou seu fracasso e sua eterna fuga e separação de Deus (vs.12,16). Interrompeu-se ali um importante sacerdócio de alguém que havia sido chamado por Deus, mas que preferiu amar mais seu próprio trabalho do que aquele que o arregimentou para aquela tarefa.
Fica para nós a lição que tudo pertence a Deus (Salmo 24) até mesmo o ministério que Ele nos confiou, e também tudo que envolve este ministério, seja material ou pessoas. Tudo pertence a Deus, nos somos apenas serviçais, existe um comando maior que espera de nós servi-lo com responsabilidade, prudência e amor. Deus deixou o alerta que aquele que procede mal para com o Sacerdócio a ele confiado está bem próximo de pecar, mas que mesmo assim cabe a cada um dominar o desejo do pecado e do fazer com negligência.
Fonte de pesquisas: Arquivos Pr. Reginaldo.
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